quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Trabalho na Desvenda , Cinco Años Sin Perder la Ternura.


Abertura: 14 e 14 de dezembro de 2013, até 21 de dezembro de 2013.
Espaço Guarda-Chuva (Rua Lavradio, 141, São Paulo/SP)


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Interseção: mostra de Diego Passos e Marília Bianchini




O vácuo é tão concreto quanto os corpos sólidos.” (Lucrécio, De rerum natura)


A mostra “Interseção”, de Diego Amaral e Marília Bianchini, com curadoria de Lilian Maus, parte da intenção, como o título indica, de exibir os pontos em comum entre duas linhas recentes de produção artística que, por caminhos distintos, reforçam os estados experimentais da fotografia. O resultado desse encontro é uma sintonia inusitada entre imagens ambivalentes. Enquanto Diego Amaral ocupa o chão da sala principal, evocando o peso e a opacidade da imagem, a partir da associação de pedras a autorretratos em escala natural, Marília Bianchini ressalta o imaterial, ao trazer a leveza e a transparência em suas fotomontagens de varais de roupas suspensas por delicados alfinetes nas paredes da galeria. Na sala cilíndrica, os artistas exibem um projeto inédito realizado em co-autoria, partindo da ideia do instantâneo na fotografia, além disso, são apresentados trabalhos individuais anteriores no hall de entrada.

Na mostra, o gesto presente na captura, edição e apresentação de imagens ganha evidência. A partir dele, os artistas convidam-nos a perceber a fotografia não apenas como índice do real, mas como espaço de experimentação artística. Nos trabalhos de Marília e Diego o suporte fala, ele informa, remetendo-nos à consistência das coisas. Se os resultados dos trabalhos apontam, com uma ironia melancólica, para grandezas distintas dos corpos como o peso e a leveza, a opacidade e a transparência, talvez o nosso desafio enquanto espectadores seja mantermo-nos dispostos a oscilar entre os opostos, como se pudéssemos, durante a exposição, levitar entre os rochedos.

Lilian Maus
Porto Alegre, janeiro de 2011
Espaço Cultural ESPM






Diálogos com Daniel Jacobino em 'sem titulo (hotel hilton)'

 
instalação
379 cartões de visita do artista, alfinetes, compensado (116x176cm)
É uma leitura da face da Cidade - as fachadas são a pele das ruas. É o que 
se vê e a vista só se lhe altera em ideia o que se opõe a concretude (peso) 
do de que é feito a cidade. 
A cidade é o grande engenho da sociedade que ocorre hoje. Minha visão 
reordena este caco em uma nova paisagem - desta vez composta da imagem 
sobre o frugal (leve) cartão de visitas. O que se oferece a um estranho? 
Muito prazer. 
Daniel Jacobino
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É uma leitura da face da Cidade - as fachadas são a pele das ruas. 
Esta cidade multifacetada funciona como motivo para a estamparia. Se no 
cotidiano da cidade as fachadas são um campo de luta entre o público e o 
privado, nos postais apresentados por Daniel Jacobino, todo e qualquer conflito 
é filtrado pelo efeito caleidoscópio. 
É o que se vê e a vista só se lhe altera em ideia o que se opõe a concretude 
(peso) do que é feito a cidade. 
Já dizia Guy Debord, em “A Sociedade do espetáculo”, que “Nosso tempo, sem 
dúvida... prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, 
a aparência ao ser...” Fazendo alusão ao espetáculo, fragmentos de fachadas de 
concreto compõem um arquivo de imagens com as quais Daniel constrói, com 
ironia, novos padrões geométricos que fluem desligados de cada aspecto da vida. 
A cidade é o grande engenho da sociedade. Minha visão reordena este caco 
em uma nova paisagem – desta vez composta da imagem sobre o frugal 
(leve) cartão de visitas. O que se oferece a um estranho? Muito prazer.
 Lilian Maus
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CONVITE OFICIAL

Convidamos todos para o último dia da exposição -ar-qui-pe-la-go-, a primeira individual em São Paulo da dupla Miniatura (Bruna Canepa e Ciro Miguel), que também está participando da X bienal de arquitetura.

O dia é ainda mais especial porque o Daniel Jacobino fará a abertura de sua intervenção na Vitrine com a obra “Sem titulo (hotel Hilton)” e ainda presenteiará os visitantes com pequenos cartões, que poderão ser levados por todos. A intervenção conta ainda com a participação de Lilian Maus (do Atelier Subterrânea, Porto Alegre, RS) com um texto-diálogo com o artista.

Esperamos vocês, a partir das 14h!

.Aurora

R. Aurora, 858, 1o andar - a 100m da estação república (saída R. do Arouche)

sábado, 31 de agosto de 2013

Exposición Dónde el dibujo germina? - Lilian Maus en Punta del Este/Uruguay


Inaugura no dia 6 de setembro, sexta-feira, a exposição “Onde o desenho germina?”, de Lilian Maus, artista codiretora do espaço artístico independente Atelier Subterrânea (Porto Alegre). A mostra acontece no Centro Cultural Kavlin, em Punta del Este, Uruguay, e pode ser visitada até o dia 5 de outubro.Na abertura, a artista participa de uma conversa com o público, a partir das 21h, momento em que também ocorre a distribuição dos catálogos.

 Fotos no Flickr: http://www.flickr.com/photos/lilianmaus/sets/72157635032492992/

“Onde o desenho germina?” apresenta os caminhos do desenho na produção recente de Lilian Maus. Nos trabalhos, a artista mescla imagens e palavras em obras sobre papel, em fotografias e instalações que geram um jardim metafórico a ser visitado pelo espectador. Na série “Área de cultivo”, por exemplo, manchas, fungos e outras culturas nos recordam o modo como seus desenhos, pouco a pouco, fecundam e germinam a folha do papel. O que a artista põe em relação são esses processos ao acaso que formam a periferia de nossa atenção e que ela transforma em ação e determinação. Um trabalho simples que a arte busca nos fazer perceber: por vezes algo do tempo se condensa em nós, se materializa, pesa e desaparece. Haverá também uma fala com a artista na abertura e distribuição de catálogos ao público.

“Onde o desenho germina?”, de Lilian Maus
Abertura: 6 de setembro, 21h
Local: Centro Cultural Kavlin (Calderón de la Barca esq. Shakespeare. Punta del Este, Uruguay)
Conversa com artista: 6 de setembro, 21h
Encerramento: 5 de outubro de 2013
Mais info: http://www.centroculturalkavlin.org/exposiciones.html


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La exposición "Dónde el dibujo germina?", de Lilian Maus, artista brasileña codirectora del espacio artístico independiente Atelier Subterrânea (Porto Alegre) presenta los caminos del dibujo en su producción reciente. En sus trabajos, la artista mezcla imágenes y palabras en obras en papel, fotografías e instalaciones que generan un jardín metafórico a ser visitado por el espectador. En la serie "Area de cultivo", por ejemplo, manchas, hongos y otras culturas nos recuerdan el modo como sus dibujos, poco a poco, fecundan y germinan la hoja de papel. Lo que la artista pone en relación son esos procesos al azar que forman la periferia de nuestra atención, y que ella transforma en acción y determinación. Un trabajo sencillo que el arte busca hacernos percibir: por veces algo del tiempo se condensa en nosotros, se hace materia, pesa y desaparece.
Habrá charla con el artista y distribución de catálogos al público.
(Por favor, sobre la charla y distribuición de catálogos tenemos q charlar, Ignacio, para mirar fechas. Los catálogos puedo dejar en la apertura para el público o tb en la charla - puedo hacer una charla el lunes o martes, después de la apertura, no sé como se queda para el Centro Kavlin).
 


segunda-feira, 8 de julho de 2013

"Da opacidade dos espelhos" - texto para exposição Relógio Especular, de Bruno Borne, CCMQ/2013




Na exposição individual  Relógio Especular, Bruno Borne propõe a nós, espectadores, um duplo mergulho no espaço Maurício Rosenblatt. Num primeiro instante, imergimos no abismo criado a partir das animações tridimensionais que simulam o próprio espaço expositivo, porém, esse ambiente virtual nos é apresentado sob um olhar enviesado, construído por meio de jogos de espelhos. Num segundo momento, percebemos que também o tempo é alvo das especulações do artista: os ciclos animados das projeções  em diferentes superfícies demarcam hora, minuto e segundo, respectivamente, atuando como se fossem ponteiros de um relógio imaginário. Esta instalação, concebida como site-specific para uma sala não-convencional da Casa de Cultura Mário Quintana, nos insere em um espaço de jogo onde o próprio lugar da obra de arte está em questão.

O que parece ser um exercício de descrição objetiva do espaço, aos poucos, passa também a ofuscar o que é visto. Diante dos pontos cegos dos espelhos é o nosso próprio modo de ver que se torna alvo de observação e vertigem. Desorientados, buscamos entender as regras do jogo, a fim de explorar nossas ferramentas de percepção. Bruno Borne não desenha o que conhece, pelo contrário, utiliza o desenho para  compreender os espaços que investiga. É desse desejo de apreensão do espaço que o artista cria esses labirintos temporais, em que, generosamente, nos fornece pistas do percurso, a partir de seus documentos do processo.

Trabalhar com site-specific, como faz Bruno, é assumir que o trabalho tem uma presença circunscrita a um tempo-espaço determinado. O fato do trabalho durar por alguns dias, poucas horas ou alguns minutos nos coloca em situação de espera, de desejo de perpetuação, diante desse fim anunciado. No mito de origem da escultura e do desenho, narrado por Plínio, o Velho, a construção da imagem está relacionada ao desejo de presentificar o que está ausente. Trata-se da história da filha do oleiro Butades de Sícion, que busca reter a imagem do jovem por quem está apaixonada desenhando o contorno da  silhueta do amado, projetada pela luz da lamparina na parede do quarto. Se no mito a imagem serve como ferramenta para encobrir uma ausência, no trabalho de Bruno, seu papel é outro. A imagem não visa a substituir o espaço arquitetônico na qual está inserida, mas, sim, a duplicá-lo, gerando um convívio entre esse espaço habitável e aquele  inabitável, produzido pelas simulações e pelos espelhamentos. E é justamente nos pontos opacos desses espelhos que podemos confrontar nossos sistemas de representação.


Lilian Maus
Doutoranda em Poéticas Visuais pelo PPGAV, Instituto de Artes da UFRGS.

domingo, 23 de junho de 2013

Mono Gramático o "la fijeza es siempre momentánea"

"Aprender el arte de la inmobilidad en la agitación del torbellino, aprender a quedarse quieto y a ser transparente como eso luz fija en medio de los ramajes frenéticos - puede ser un programa de una vida" (p.15)



"Aprender el arte de la inmobilidad - o lo que así llamamos: ese conjunto de objetos y proecsos que nos rodea y que alternativamente, nos engendra y nos devora - no es nuestro cómplice ni nuestro confidente" (p.15)