"Porque Eu é um outro. Se o cobre se descobre clarim, não há aí nada de culpa sua. Isso é evidente para mim: assisto à eclosão do meu pensamento: vejo-a, escuto-a: lanço um movimento com o arco: a sinfonia vai abalando as profundezas, ou salta de repente para o palco."
Fragmento de CARTAS DO VISIONÁRIO, de Arthur Rimbaud para GEORGES IZAMBARD
Charleville, [13] de Maio de 1871
Maurice Nadeau, no livro "A História do Surrealismo" aponta a importância de Rimbaud para o Surrealismo, resgatando uma frase de André Breton escrita originalmente em "Caractères de l'evolution moderne", Les Pas Perdus: "Se aquilo que ele traz de 'baixo' tem forma, ele dá forma; se é informe, ele dá o informe." (Breton citado por Nadeau, p.41)
E Nadeau continua: "O importante é não romper a corrente, manter esta atividade fora das preocupações da arte e da beleza. O risco vale a pena: trata-se nada mais nada menos de chegar ao desconhecido. Neste contexto, o poeta se faz 'vidente', 'ladrão de fogo', 'multuplicador de progresso', à custa de 'horrível trabalho'." (p.41)
quarta-feira, 10 de março de 2010
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