terça-feira, 16 de junho de 2009

Brincadeiras

O encanto da projeção



Subindo em portas



Quem nunca se deixou levar pelo encanto da penumbra? Pelas imagens soltas que surgem na mente ao fechar os olhos.
Um amigo me enviou hoje um fragmento de um livro sedutor:
SENNETT,Richard. O Artífice. Rio de Janeiro, Ed. Record, 2009 pág.233

Este trecho me caiu feito luva:

Na ideia de imaginação de Thomas Hobbes, por exemplo, voltamo-nos para sensações que já experi­mentamos no passado. "A imaginação", dizia ele, "nada mais é que o senti­do em decomposição." Uma vez removido um objeto que nos estimulou "ou fechado o olho, ainda retemos uma imagem da coisa vista, embora mais obscura do que a vimos".

Sobre o assombro:

Os gregos antigos expressavam o assombro na palavra poiein, que deu origem a fazer. No Simpósio, Platão diz que "o que passa do não ser ao ser é uma poesis", uma causa de assombro. O autor moderno Walter Benjamin usa outra palavra grega, aura — "banhando na própria luz" — para designar o assombro ante a existência de uma coisa. Podemos nos assom­brar com frescor, livres de qualquer complicação inicial, com coisas que não fizemos; no caso das coisas que fazemos, contudo, é necessário preparar o terreno da surpresa e do assombro.

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