domingo, 21 de março de 2010

Algumas curiosidades de René Magritte

Encontrei este texto com alguns dados biográficos de René Magritte:


"Magritte os odiava [dados biográficos], e irritar um artista já falecido é uma atitude que ele certamente aprovaria do alto de seu pedestal surrealista. "Detesto meu passado, assim como o de qualquer pessoa. Detesto a resignação, a paciência, o heroísmo profissional e os belos sentimentos obrigatórios. Também detesto as artes decorativas, o folclore, a publicidade, vozes anunciando algo, a aerodinâmica, os escoteiros, o cheiro de naftalina, fatos do dia, e gente bêbada." Tomemos, pois, mais um gole de uísque e continuemos com os dados biográficos."

"Magritte pouco se lembrava da própria infância, e suas memórias ficariam melhor num de seus quadros que numa autobiografia, já que se referem a fantasias de padre, a misteriosos baús e a eventos estranhos como um par de balonistas com roupas de couro que ficaram presos ao teto de sua casa, com o respectivo balão murcho e inútil. Junto a este enevoado de lembranças, aparece a morte da mãe de Magritte, afogada em 1912. O pai mudou-se então, com René e seus dois irmãos, para Charleroi, onde o artista conheceria sua futura esposa e modelo de muitas telas, Georgette Berger."

Fonte: http://www.burburinho.com/20030427.html


Deu-me uma vontade enorme de pesquisar mais a fundo esta história.

Sobre a imagem acima, uma fotografia da obra "A Tempestade", de Magritte, pergunto:

Seria um presságio da tempestade ou talvez a metáfora de dois amantes?
Seria uma junção de fragmentos ou uma denúncia da separação originária?
Ou seria antes uma décollage conceitual, em que esses fragmentos de imagens aludem a diferentes tempos (a imobilidade dos cubos, a tensão das nuvens a prometer movimento, o céu num límpido gradiente de azuis)?

O que me parece mais intrigante nesta imagem talvez nunca me ocorresse se estivéssemos frente a frente: a interferência sutil do aparato fotográfico que a captou. Olhando com cuidado, é possível perceber uma janela ao fundo, uma espécie de reflexo sutil do provável vidro que protege a obra. Pouco a pouco, esses resíduos impregnados na transparente (será?) superfície do vidro revelam todo um mise-en-scène, rico em silhuetas, janelas, paredes, outras pinturas. Um outro mundo cabe na tela, fazendo da imagem uma janela/espelho, inviolável enquanto projeção refletida, mas também permeável aos mergulhos que nos levam para dentro de nós mesmos.

Um comentário:

. disse...

Não gosto de ver sites sem comentario,então vou comentar sobre o seu.
Essa Frases ai me deram uma boa nota de seminario valeu ae.
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